O SISTEMA A DELETOU, SUAS IDÉIAS PERMANECERAM!
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Arte: Suellen Cruz |
No Brasil, lutar por direitos básicos não é tão simples quanto poderia ser.Então defender direitos humanos, liberdade de expressão, orientação ou identidade sexual, etc., muito menos. Quem sabe nos países do continente europeu, onde pode-se encontrar civilizações avançadas e mais humanizadas.
O que Marielle fez foi algo tão simples, porém delicado e perigoso ao mesmo tempo neste país da corrupção, em que os políticos - "representantes do povo"- são homens brancos, ricos, héteros em espaços totalmente masculinizados, denunciando e lutando por causas nobres e direitos violados neste país de corrupção absurda em que pessoas morrem todos os dias diretamente ligados a esse absurdo.
Falar sobre Marielle é:
Falar sobre um projeto de sociedade que ela representava;Falar sobre uma defensora dos direitos humanos;Falar sobre ser lésbica e por toda opressão sofrida referente à orientação ou identidade sexual;Falar sobre o autericídio;Falar sobre a luta por educação;Falar sobre mulheres trabalhadoras;Falar contra a intervenção militar, contra o extermínio da juventude negra;Falar contra a morte de mulheres;Falar que a vida nas favelas importam;Falar sobre uma mãe que sempre lutou pelos direito sexuais e reprodutivos das mulheres. Pelo direito de escolha.
FONTES E PARTE DESSE TEXTO: retirado de publicação em CRESS-ES/ Emilly Marques Tenório (Assistente Social e militante do fórum de mulheres do ES e conselheira do CRESS-ES).
IMAGEM/ ARTE: Suéllen Cruz